17ª (e última) faixa do novo CD Turmalina.

Sobre a peça, pelo próprio compositor:

“O Baião faz parte das Cinco Miniaturas Brasileiras e é uma de minhas peças mais tocadas. Compus em 1978. Lembro que demorei para conseguir a inspiração necessária, um dia acordei, fui para o piano e em duas horas compus as cinco partes. Inicialmente as Miniaturas eram uma composição didática para flauta doce e piano. Logo começaram a ser muito executadas no Brasil e Exterior. Quando começaram a me pedir as peças para formações maiores, ampliei a peça colocando mais dificuldades técnicas, e terminando de modo que considero mais significativo e brilhante.”

Edmundo Villani-Côrtes é hoje um dos principais compositores brasileiros vivos. Dentro de uma linha que caminha harmoniosamente entre o erudito e o popular, suas composições representam o retrato vivo da cultura brasileira, o que o coloca em uma sólida e inconteste posição de destaque no cenário mundial. Seu acervo composicional possui aproximadamente 300 obras escritas para instrumentos solistas, canto solo, coro, conjuntos de câmera, banda sinfônica e orquestra sinfônica, constando neste repertório uma Ópera, uma Sinfonia e um Te Deum. Suas peças tem sido apresentadas e gravadas por uma grande variedade de intérpretes não só no Brasil, como também em vários outros países. Villani-Côrtes nasceu em Juiz de Fora (Minas Gerais) em 8 de novembro de 1930, mas reside em São Paulo desde 1959. Seu interesse pela música começou com o violão, que aprendeu de maneira intuitiva, iniciando seus estudos formais em música aos 17 anos. Iniciou sua carreira profissional tocando piano na Orquestra Tamoio, do maestro Cipó, no Rio de Janeiro. Em 1965, integrou a orquestra de Luís Arruda Paes, com a qual atuou até 1967. Desenvolveu intensa atividade como arranjador.
Na década de 60, trabalhou em gravadoras e em emissoras de TV, chegando a escrever mais de 600 arranjos para as orquestras da TV Tupi e TV Globo, do Rio de Janeiro.
Acompanhou a cantora Maysa e o cantor Altemar Dutra em excursões ao exterior.
Em 1968, fez arranjos e composições para o filme “O matador”, de Amaro César e Egídio Ézio.
Nos anos 70, trabalhou como arranjador na TV Tupi de São Paulo, realizando mais de mil orquestrações para músicas de vários gêneros.
Em 1978, venceu o Concurso Noneto de Munique, na Alemanha.
Em 1986, obteve o primeiro lugar no Concurso de Composição da Editora Cultura Musical, com uma peça para violão intitulada Choro pretensioso.
Em 1990 e 1991, foi regente da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Vencedor de 6 prêmios APCA e Prêmio Carlos Gomes. Possui os títulos de Mestre em Música pela Escola de Música da U.F.R.J. e o de Doutor em Música pelo Instituto de Artes da U.N.E.S.P. O primeiro CD brasileiro dedicado exclusivamente a ele, foi gravado pelo Grupo AUM em 2001. O grupo gravou também outros dois CDs com obras e direção musical dele, fez o único registro oficial do casal Edmundo e Efigênia Côrtes (cantora lírica) e o DVD “Cortesia”, em homenagem aos seus 80 anos.